Por Heitor Jorge Lau
Relações Públicas, Pós-Graduado em Gestão de PessoasMestrando em Educação
Atualmente a sociedade brasileira não sabe se: surpreende-se (novamente), fica raivosa (novamente) ou sem esperanças (novamente). Quando chega até o conhecimento da população algum tipo de “maracutáia política”, a sensação é de que este filme está sendo reprisado, apenas com roteiro diferente, outros protagonistas, em outro cenário e com outro figurino. O Ministério da Integração Nacional, do qual foram “destinadas” ao Estado de Pernambuco, 90% das verbas reservadas para amenizar os prejuízos e danos oriundos das enchentes no país “pisou na bola”. Você que está sentado aí, perplexo, deve estar questionando: mas tudo isto somente para um Estado? E o Rio de Janeiro? E Minas Gerais? Calma, para tudo há sempre uma explicação, mesmo que nem chegue perto de ser plausível. Pernambuco é nada mais, nada menos, do que a terra natal do Ministro da pasta em questão. Pronto, está explicado, não justificado! Mas isto todo brasileiro já sabe ou assistiu em algum meio de comunicação. Porém, o puxão de orelhas que a nação esperava assistir diante de situação tão expressiva vai ficar, como sempre, para outro dia. Tudo porque os Estados são considerados moeda valiosíssima para sustentação de maioria parlamentar. Não é de bom grado generalizar, mesmo porque seria injusto condenar determinados personagens políticos deste imenso território, mas, alguns precisam urgentemente assistir aulas sobre o significado dos termos política e sociedade.
Para estes vai uma singela explanação: o termo política é utilizado e estudado há séculos, porém, sua variação de sentidos não é uniforme, aliás, longe disto. A palavra política possui sua origem arraigada na Grécia antiga e vários filósofos a estudaram. Porém, foi Aristóteles, filósofo que viveu em Atenas no quarto século antes da era cristã que possibilitou um entendimento mais amplo da palavra em sua obra intitulada Política. E os gregos denominavam cidade de polis, ou seja, o local onde as pessoas conviviam. O referido filósofo dizia que o homem era por natureza um animal político, e que a individualidade não pertencia a sua condição natural de vida, ou seja, precisava da companhia de seus semelhantes. Portanto, política referencia a convivência na polis, o viver especificamente em comunidade, onde regras e objetivos sempre acabam por se entrecruzarem, de uma forma ou de outra. É interessante ressaltar que partindo dessa premissa, qualquer sociedade terá sua gênese de forma totalmente espontânea, com o objetivo principal de atender toda e qualquer necessidade de natureza humana. Ter consciência destes fatores ou fatos é ter conhecimento de que a política sempre vem ao encontro dos interesses da coletividade. Bem, se a política vai ao encontro e não de encontro aos interesses públicos, cabe a ela cuidar das decisões que afetam os problemas existentes, e isto se chama “a Arte e Ciência do Governo”. Arte porque contém ou exige constantemente a habilidade de perceber e reconhecer os cidadãos com suas necessidades básicas, com suas preferências, e até mesmo com os seus caprichos, a fim de cumprir com a tarefa mais difícil de todas: promover a unanimidade com o intuito primordial de proporcionar o bem comum. Ciência porque na contemporaneidade existem várias disciplinas que analisam comportamentos, possibilitando estabelecer, cientificamente, inúmeras regras sobre a convivência humana em sociedade e como as pessoas devem reagir a partir de cada situação. Assim, se política é “a Arte e Ciência do Governo”, então, política nada mais é do que a “Ciência do Estado”.
Desta forma, o Estado teria a obrigação plena de considerar, simultaneamente, a vida de cada cidadão pertencente a sua sociedade, e zelar cuidadosamente pelo bem estar comum. Para isto é necessário o estudo constante das decisões tomadas e aperfeiçoamento das técnicas utilizadas. O Estado, o político, ambos, precisam reconhecer que o convívio em sociedade gera e acarreta sérias conseqüências. Analisemos, então, a principal delas. O atendimento das demandas de cada individuo devem ser atendidas de forma que os interesses dos demais integrantes desta mesma sociedade não sejam esquecidos. Sendo assim, qualquer regra que objetive resolver uma questão individual ou atender um interesse pessoal, em detrimento dos assuntos dos outros não é válida ou aceitável. Claro, em se tratando de uma exceção prevista por determinada via de regra legitimada pela população, desde que não evidencie privilégio ou discriminação, poderá vir a ser aceita. Diante disto é possível afirmar que toda vez que os interesses de um cidadão ou de um grupo de cidadãos são desrespeitados, o restante da sociedade padece com alguma conseqüência. Consequentemente, os problemas provenientes desta situação são problemas políticos, porque abalam e perturbam a convivência das pessoas, colocando desta forma, a organização, suas regras e os objetivos sociais em xeque iminente. Não seria exagero afirmar que os problemas individuais de cada cidadão são, na verdade, problemas de cada pessoa da sociedade. Logo, é errado tratar de questões individuais sob uma égide particularista, desconsiderando o fato de que qualquer tomada decisória afeta direta ou indiretamente toda a coletividade. Todas as questões são políticas e por isso são questões da sociedade. E aos políticos resta a conscientização de que seus atos e decisões jamais devem ser isolados, uma vez que, soluções precisam ser encontradas em conjunto, levando-se em conta, sempre, os interesses de toda a população.
Portanto, faça chuva ou faça sol, política sempre foi e sempre será a ciência do Estado em prol da sociedade.
Para estes vai uma singela explanação: o termo política é utilizado e estudado há séculos, porém, sua variação de sentidos não é uniforme, aliás, longe disto. A palavra política possui sua origem arraigada na Grécia antiga e vários filósofos a estudaram. Porém, foi Aristóteles, filósofo que viveu em Atenas no quarto século antes da era cristã que possibilitou um entendimento mais amplo da palavra em sua obra intitulada Política. E os gregos denominavam cidade de polis, ou seja, o local onde as pessoas conviviam. O referido filósofo dizia que o homem era por natureza um animal político, e que a individualidade não pertencia a sua condição natural de vida, ou seja, precisava da companhia de seus semelhantes. Portanto, política referencia a convivência na polis, o viver especificamente em comunidade, onde regras e objetivos sempre acabam por se entrecruzarem, de uma forma ou de outra. É interessante ressaltar que partindo dessa premissa, qualquer sociedade terá sua gênese de forma totalmente espontânea, com o objetivo principal de atender toda e qualquer necessidade de natureza humana. Ter consciência destes fatores ou fatos é ter conhecimento de que a política sempre vem ao encontro dos interesses da coletividade. Bem, se a política vai ao encontro e não de encontro aos interesses públicos, cabe a ela cuidar das decisões que afetam os problemas existentes, e isto se chama “a Arte e Ciência do Governo”. Arte porque contém ou exige constantemente a habilidade de perceber e reconhecer os cidadãos com suas necessidades básicas, com suas preferências, e até mesmo com os seus caprichos, a fim de cumprir com a tarefa mais difícil de todas: promover a unanimidade com o intuito primordial de proporcionar o bem comum. Ciência porque na contemporaneidade existem várias disciplinas que analisam comportamentos, possibilitando estabelecer, cientificamente, inúmeras regras sobre a convivência humana em sociedade e como as pessoas devem reagir a partir de cada situação. Assim, se política é “a Arte e Ciência do Governo”, então, política nada mais é do que a “Ciência do Estado”.
Desta forma, o Estado teria a obrigação plena de considerar, simultaneamente, a vida de cada cidadão pertencente a sua sociedade, e zelar cuidadosamente pelo bem estar comum. Para isto é necessário o estudo constante das decisões tomadas e aperfeiçoamento das técnicas utilizadas. O Estado, o político, ambos, precisam reconhecer que o convívio em sociedade gera e acarreta sérias conseqüências. Analisemos, então, a principal delas. O atendimento das demandas de cada individuo devem ser atendidas de forma que os interesses dos demais integrantes desta mesma sociedade não sejam esquecidos. Sendo assim, qualquer regra que objetive resolver uma questão individual ou atender um interesse pessoal, em detrimento dos assuntos dos outros não é válida ou aceitável. Claro, em se tratando de uma exceção prevista por determinada via de regra legitimada pela população, desde que não evidencie privilégio ou discriminação, poderá vir a ser aceita. Diante disto é possível afirmar que toda vez que os interesses de um cidadão ou de um grupo de cidadãos são desrespeitados, o restante da sociedade padece com alguma conseqüência. Consequentemente, os problemas provenientes desta situação são problemas políticos, porque abalam e perturbam a convivência das pessoas, colocando desta forma, a organização, suas regras e os objetivos sociais em xeque iminente. Não seria exagero afirmar que os problemas individuais de cada cidadão são, na verdade, problemas de cada pessoa da sociedade. Logo, é errado tratar de questões individuais sob uma égide particularista, desconsiderando o fato de que qualquer tomada decisória afeta direta ou indiretamente toda a coletividade. Todas as questões são políticas e por isso são questões da sociedade. E aos políticos resta a conscientização de que seus atos e decisões jamais devem ser isolados, uma vez que, soluções precisam ser encontradas em conjunto, levando-se em conta, sempre, os interesses de toda a população.
Portanto, faça chuva ou faça sol, política sempre foi e sempre será a ciência do Estado em prol da sociedade.
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