quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

PSICOLOGIA COGNITIVA - VIAGEM PELAS JANELAS DA MENTE

 


PSICOLOGIA COGNITIVA

Dialética - Racionalismo Empirismo - Estruturalismo - Funcionalismo

                         Pragmatismo – Associacionismo – Behaviorismo - Psicologia da Gestalt

uma sopinha de teorias que explicam e justificam

 

            Psicologia Cognitiva

             O Cognitivismo, um olhar contemporâneo sobre o comportamento humano, surge com a convicção de que a forma como as pessoas pensam justifica quase que a totalidade das atitudes comportamentais. A conjunção das teorias behavioristas e gestaltistas formataram o teor do cognitivismo. Todavia, é importante ressaltar que a Psicologia Cognitiva se aproxima muito do gestaltismo por procurar saber como o ser humano raciocina e aprende. A Psicologia Cognitiva aborda áreas de estudo que visam compreender como o ser humano concebe, assimila, recorda e raciocina diante de informações que chegam até ele. O Psicólogo Cognitivo, por sua vez, procura entender como os indivíduos apercebem formas variadas, os motivos ou motivações que os levam a recordar ou obliterar acontecimentos e porque o aprendizado de uma língua acontece. Qualquer tentativa de aprender sobre a capacidade cognitiva do ser humano sem um resgate histórico dos estudos relacionados ao pensamento torna mais complexa a empreitada. É possível alegar que as pessoas também aprendem ou evoluem com os erros cometidos no passado.

                Portanto, ao se conhecer a gênese e trajetória do passado se descobre como o ser humano “pensa sobre o pensar”. Partindo do pressuposto que o ser humano evolui gradativamente no percurso palmilhado, ele incrementa ou transforma as suas ideias sob a égide da dialética. A dialética pode ser entendida como um processo que transforma as ideias no decorrer do tempo, todavia, por intermédio de um padrão de transmutação. Este processo de transformação surge a partir de uma tese (enunciado de uma opinião), constituindo a seguir uma antítese (enunciado contrário à tese), culminando em uma síntese (rebate entre tese e antítese). A dialética surge no âmbito da Psicologia Cognitiva justamente para equilibrar qualquer tentativa de negligenciar ou refutar um pensamento em detrimento de outro por mera preferência ou tendência. Portanto, a dialética conduz para uma visão técnica-científica, ou seja, isenta de especulações sobre a crença de que a inteligência é fruto especifico, único ou isolado da genética ou do ambiente.

 

            Antecedentes Filosóficos da Psicologia

            Racionalismo versus Empirismo

             Os antecedentes da Psicologia Cognitiva, segundo historiadores, possuem alicerces nas abordagens Filosóficas e Fisiológicas. A primeira busca compreender variados aspectos da vida a partir de contextualizações das ideias e experiências interiores do ser humano. A segunda abordagem age e estuda cientificamente por intermédio de metodologias empíricas, cujo objetivo é observar as funções vitais dos seres vivos. Tanto o Racionalismo como o Empirismo convergem em um objetivo principal: o estudo da mente. A primeira teoria crê que a análise lógica conduz ao conhecimento; em contrapartida, a segunda acredita não somente no potencial científico da observação, mas também da experimentação. Se o racionalista fundamenta a teoria da Psicologia, o empirista, por sua vez, orienta o seu investigar empírico. Tal ótica possibilita a certeza de que tanto uma teoria quanto a outra se complementam. Kant (1724-1804) acabou por concluir tal concepção, anteriormente consideradas incompatíveis por Descartes (1596-1650) e Locke (1632-1704).

 

            Antecedentes Psicológicos da Psicologia Cognitiva

        As Primeiras Dialéticas na Psicologia da Cognição

 

            O Estruturalismo insurgiu como a primeira dialética histórica da Psicologia entre o Estruturalismo e o Funcionalismo. O Estruturalismo, como o próprio termo expressa, busca compreender a estrutura da mente humana e suas respectivas percepções das assimilações desenvolvidas nos elementos estruturais. Wundt (1832-1920), Psicólogo alemão, utilizou o método da introspecção, cujo princípio é visualizar as informações que foram interiorizadas pela mente. A sua teoria contribuiu para a formatação do Estruturalismo mesmo sendo criticado por especialistas da época. Como contraponto surge o Funcionalismo, teoria que se interessa muito mais sobre o que o ser humano realiza e por que as realiza. A condução das pesquisas funcionalistas culminou no Pragmatismo, uma vez que, os pragmatistas se interessam pela utilidade prática do conhecimento adquirido sobre as ações e motivações individuais. A teoria do Associacionismo, antecessora do Behaviorismo, fui muito influenciada por filosofias empiristas e positivistas, a qual considera o ambiente e a experiência prática como fonte do saber e da formatação do comportamento humano. Como sugere o termo, é uma associação das ideias e eventos à mente humana, composição capaz de propiciar a plena aprendizagem. Ebbinghaus (1850-1909) foi o pesquisador que empregou os princípios associacionistas de modo sistêmico. Thorndike (1874-1949) elencou a questão, deveras interessante, que a formatação das associações era fomentada pela satisfação, o que denominou de Lei de Efeito (1905). A teoria afirma que todo estímulo resulta em alguma resposta a partir de uma recompensa.

                O Behaviorismo, uma teoria de perspectiva estritamente teórica, percebida como uma tradução extrema do Associacionismo sustenta que a Psicologia atente na correlação entre o “comportamento observável” e os “estímulos ambientais”. O Behaviorismo sofreu enorme resistência dos Psicólogos da Gestalt. A Psicologia da Gestalt entende que a compreensão das manifestações psicológicas é percebida e interpretada sob um olhar holístico, ou seja, sobre o todo, ao invés de fragmentos da totalidade. A visão gestaltista sintetiza categoricamente que “o todo é diferente das partes”, em síntese, é impossível resolver qualquer questão apenas observando frações da totalidade.

 




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