terça-feira, 27 de setembro de 2011

DESABAFO DE UM HOMEM PRESERVACIONISTA II

Por Heitor Jorge Lau
Relações Públicas e Empresário

Onde resido há quatro anos, 5% da mata nativa existente nos morros que circundam a região já eram. O cálculo é meio amador, então, pode ser um pouco maior o índice. Motivo: pessoas que não se importam, inconseqüentes, irresponsáveis e ignorantes, estão cortando todo tipo de árvore com a intenção de queimar no fogão à lenha ou transformar o local numa “lavoura vertical”. E cá entre nós, qual a planta que se desenvolve satisfatoriamente na encosta de um morro. Isto sem pensar nos reflexos da inexistência da vegetação de cobertura que segura a erosão natural das enxurradas. Este pequeno cenário macabro é mínimo perto do que estão fazendo com a Mata Atlântica e a Amazônia. Mas, isto já é assunto e estresse para outro dia. Neste momento fico até onde minhas vistas alcançam. O som de uma moto serra me provoca arrepios e acessos de raiva porque eu sei que alguém, em algum lugar próximo, está fazendo uma barbaridade – cortando árvores irracionalmente. Três meses atrás subi um cerro perto de minha propriedade para verificar se estava tudo bem. Surpresa! Uma área de árvores nativas de mais ou menos 30 m x 30 m havia sumido do mapa. Onde foi parar? Empilhado num galpão, cortadinha em pequenos tocos de lenha para o fogão. Mas quem se importa com isso? Eu, a fauna e a flora. Uma moto serra nas mãos de gente desta natureza pode ser considerada uma arma. E arma, todos sabem, só pode ser usada com autorização. Está aí , algo para refletir: arma de fogo precisa de licença, para dirigir um carro é preciso de licença, construir precisa de licença... etc. etc. etc., mas para acabar com o Planeta não precisa. Ah, dizem alguns experts: - Determinados tipos de árvores não podem ser derrubadas sem permissão de órgão competente. Quem dá poder ao ser humano para decidir quem vive ou quem morre na fauna e flora?? Pois é, a questão continua a mesma e sem solução aparente. As reações da natureza continuam sinalizando que a coisa está ficando “preta”, mas ninguém quer “ouvir”. Sempre foi dito que deveríamos preservar o Planeta para nossos filhos e netos. Mas, acho que devíamos pensar em como educar os filhos e netos para deixar neste Planeta.

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