
A falta de limites está passando dos limites!
Redundância ou não, a verdade é que esta afirmação serve para manifestar a intensa e galopante falta de imposição de limites a tudo que vai de encontro aos bons costumes e regras de convivência. Mas este estranho fenômeno que aos poucos se aglutina ao que restou da consideração pelo próximo, possui sua gênese (creio) na geração, imediatamente, pós-fraldas. Crianças necessitam de orientação rígida e pautada pelo exemplo dos pais ou de alguém que exerça forte influência sobre elas. Na carência de um ou de outro a situação fica, simplesmente, complicada. Como esperar de um pré-adolescente, adolescente, posteriormente, de um adulto, características e valores que sustentem relações interpessoais dignas. A ciência comprova que o ser humano, enquanto na categoria de criança, "absorve", mesmo que sob intenso protesto, as limitações necessárias para o seu desenvolvimento integral. Esta especificidade do humano, podendo até mesmo ser percebida como empatia, não pode ser negligenciada porque, tanto exemplos positivos como negativos, serão incorporados em menor ou maior dosagem, variando conforme a faixa etária.
Então, porque correr o risco de ter que desentortar uma árvore se podemos cuidar para que ela creça com retidão?
- Ensinar que os direitos são iguais para todos;
- Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo;
- Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros;
- Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário;
- Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas;
- Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (conviver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as únicas coisas que contam);
- Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade;
- Desenvolver a capacidade de adiar satisfação;
- Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas um desejo;
- Dar o EXEMPLO !
Por Heitor Jorge Lau
Tutor da Disciplina Processos Gerenciais da Uninter Pólo Santa Cruz do Sul
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas
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