Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas
Vamos iniciar este texto lembrando um cartaz veiculado
em rede televisa após as manifestações contra o aumento das passagens de ônibus
(dentre outros motivos): “[...] o
despertar de um gigante adormecido [...]” (*apenas parte da expressão
transcrita). O Brasil não estava adormecido, o seu povo é que se manteve
durante tempo demasiado, resiliente e crédulo de que o dia da recomposição do
atual estado de degradação nacional chegaria. As manifestações impressionantes
de indignação e repúdio ao rumo que o país tomou por intermédio de algumas
“mãos políticas” refletem uma sociedade que não tolera mais a total falta de
habilidade de grande parte dos governantes desta nação. A cada ano que passa
sempre surge um novo partido, uma nova esperança, todavia, mais cedo ou mais
tarde, acontece o que vem acontecendo faz tempo: alianças partidárias. Daí, não
há competência, boas intenções ou ideologia que resista. Esta palavra, aliança
partidária, atualmente, lembra mensalão, emendas sem necessidade, ministérios de
utilidade duvidosa e diluição do dinheiro do contribuinte no saldo de dívidas
pretéritas das agremiações aliadas. A grande prova de que o governo atual não
possui capital intelectual suficiente para sanar o turbilhão de questões que a sociedade
brasileira impõe, ancora no fato da governante máxima deste Brasil
insatisfeito, ter recorrido ao maior marqueteiro político em atividade no país,
poucos dias transcorridos desde o primeiro ato da população. Coincidentemente,
um discurso complacente e condescendente foi proferido logo após as
manifestações. A pergunta é: o que este personagem poderá contribuir diante de
tantas reivindicações de ordem estritamente política/econômica? Nada! Não bastasse este cenário
palpitante, surgem das profundezas da inexpressão, partidos políticos jogando
mais lenha à fogueira, pronunciando aquele velho discurso oportunista e
enfadonho que dita: este governo é péssimo, nós somos e temos a solução (mais
uma vez). Sem considerar a pequena fração de cidadãos que aproveitaram a
situação para saquear, queimar e depredar ou agir com violência, a grande
fração merece toda a consideração e benevolência por parte do brasileiro
consciente e cansado de pagar o “pato”. Sentido da palavra pato: taxas;
impostos diretos; impostos indiretos; pouco investimento em educação; pouco
investimento na saúde; pouco investimento no transporte público; pouco
investimento nas vias de transporte e rodagem; e mais taxas e impostos. Essa
grande massa de brasileiros tremula a bandeira do sem partido, do sem
preconceito e da equidade. Não há como desprezar isto. Um movimento grandioso
que representa o verdadeiro Brasil, um país multiculturalista, sem fronteiras
raciais, sem preconceitos sexuais, sem fronteiras religiosas e sem barreiras
socioeconômicas. A legião de insatisfeitos é infinitamente maior do que a
insurgente da noite para o dia. Ela também é composta por gente que não pode, é
impedida ou não consegue por alguma razão, enfileirar-se aos descontentes e
cansados de aguardar por um novo Brasil. A política do Pão e Circo adotada
neste país não possui mais sustentação, mesmo porque nem pão o governo
distribui mais por falta de verba, ao contrário do circo, que aparentemente e
para o qual, grana e atores não faltam. Caso a população retorne ao estado de
dormência, que seja entremeado de lindos sonhos, ao contrário do pesadelo que
vivenciou, vivencia e que deseja, desesperadamente, por um fim.
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