quinta-feira, 19 de setembro de 2013

PUNIÇÃO OU AJUSTE SOCIAL?


Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas













    O mês que passou foi brutalmente marcado por nove adolescentes com idades entre 15, 16 e 17 anos. Todos repetentes, cursando 6º e 7º ano. Após a ingestão de bebidas alcoólicas atearam fogo na Escola Municipal La Hire Guerra, de Eldorado do Sul.  Dois prédios foram atingidos e o prejuízo foi estimado em R$ 1 milhão, aproximadamente.  A “pauta” atual é o destino que se deve dar aos jovens e qual o tipo de punição. Por se tratar de cidadãos menores de idade, provavelmente, serão encaminhados para a Fase. A princípio esta fundação tem a missão de gerar oportunidade de estudo e trabalho. A Fase-RS - Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul -, é responsável pela execução das Medidas Sócio-Educativas de Internação e de Semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com vistas aos adolescentes autores de ato infracional. A Fase surgiu no cenário governamental com o propósito de romper com o paradigma correcional-repressivo que orientava a política do bem-estar do menor infrator. Mas, o foco deste breve comentário não é a fundação de atendimento sócio-educativo. É outro!

    Neste triste episódio também surgiram comentários ou discussões populares incitando a redução da maioridade penal. Ao que tudo indica o Brasil, definitivamente, adotou a prática de “apagar incêndios” como única solução para as questões provenientes dos desajustes existentes na sociedade. A ordem é discutir como extinguir o problema ao invés de identificar e prevenir a causa, ou seja, não cortar o mal pela raiz. Prova disto está na discussão do momento que trata da redução da maioridade penal. Ora, o sistema penitenciário do país encontra-se em estado calamitoso com celas impróprias, na maioria dos casos, com superpopulação e sem as mínimas condições de habitação. Outra questão diz respeito à inexistência de programas efetivos e eficientes de reintegração social. O processo atual acaba por devolver o detento ao convívio comunitário em condição psicológica e profissional igual ou pior a que gozava quando ingressou no regime carcerário.

    Estas considerações são suficientes para provocar uma reflexão sobre a seguinte pergunta: é humano, correto e sensato enviar menores infratores para esses “repositórios de seres humanos desafortunados”? A resposta é não. Não é a intenção aliviar ou não responsabilizar adequadamente um infrator. Redigir este comentário é difícil porque só quem passou por uma situação real de brutalidade consegue perceber o sentimento de fragilidade e impotência diante da circunstância. Contudo, somos parte dos problemas e das soluções. Devemos nos envolver, mesmo sob uma ótica teórica. Antes da procurar por soluções impensadas ou provisórias é preciso atender as demandas básicas de dignidade da população como educação de qualidade, saúde humanizada e emprego. Caso contrário a legião de criminosos aumentará exponencialmente e não haverá território suficiente para abrigar tanto delinqüente.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

COPA 2014

Brasil, o país do futebol!
Brasil, o país da maquiagem!
Brasil... o país que muitos não percebem!

Assista o vídeo


quinta-feira, 4 de julho de 2013

O SILÊNCIO PERIGOSO



O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.

  Martin Luther King

Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas


A FACES DA HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL NA ÚLTIMA DÉCADA

















Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas



Olá brasileiros e brasileiras insatisfeitos e de "saco" cheio do Brasil!

Recebi um texto via e-mail imensuravelmente esclarecedor e infinitamente irritante pelos fatos relatados.
Diante de tudo que li sinto a obrigação de transferi-lo para este blog e torná-lo ainda mais acessível.

O PERIGO É O SILÊNCIO

Diamantina, Interior de Minas Gerais, 1914.

O jovem 'Juscelino Kubitschek', de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapatos.
Passou fome. Jurou estudar e ser alguém.
Com inúmeras dificuldades, concluiu o curso de Medicina e se especializou em Paris.
Como Presidente, modernizou o Brasil. Legou um rol impressionante de obras e; humilde e obstinado, era (E AINDA É) querido por todos.


BRASÍLIA 2003

Lula assume a presidência.
Arrogante, se vangloria de não haver estudado.
Acha bobagem falar inglês. 'Tenho diploma da vida', afirma. E para ele basta.
Meses depois, diz que 'ler é um hábito chato'.
Quando era 'sindicalista', percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje.

LONDRES 1940



Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente.
O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá.
Tranqüilo, o rei avisa que não vai.
Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas.
Elas não aceitam e a filha entra no exército britânico; como 'Tenente-Enfermeira', e, sua função é recolher feridos nos bombardeios. Hoje ela é a 'Rainha Elizabeth II'.

BRASÍLIA 2005

A primeira-dama (que nada faz para justificar o título) Marisa Letícia, requer 'cidadania italiana' - e consegue.
Explica, candidamente, que quer 'um futuro melhor para seus filhos'.

E O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS, CIDADÃOS E TRABALHADORES BRASILEIROS?

WASHINGTON 1974

A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate.
Ele nega, mas jornais e o Congresso o encostam contra a parede e ele acaba confessando. Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo.

BRASÍLIA 2005

Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar.
Ante as muitas provas, Lula repete o 'eu não sabia de nada' e ainda acusa a imprensa de persegui-lo.
Disse que foi 'traído', mas não conta por quem.

LONDRES 2001

O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia.
Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo.
Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso.
A polícia descobre e chama Blair,' que vai sozinho à delegacia buscar o filho'.
Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho.

BRASÍLIA 2005

O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa, financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso.
O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu 'filhinho nessa sujeira'? ? ?

NOVA DÉLHI 2003

O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens.
Adquire um excelente, brasileiríssimo 'EMB-195', da 'Embraer', por US$ 10 milhões.

BRASÍLIA 2003

Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve.
Quer um dos caros, de um consórcio franco-alemão. Gasta US$ 57 milhões e,
AINDA, manda decorar a aeronave de luxo nos EUA. 'DO BRASIL NÃO SERVE'.

AULA DE HISTÓRIA - FUTURO DO PT

Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas


Olá brasileiros e brasileiras insatisfeitos e de "saco" cheio do Brasil!

Recebi um texto via e-mail imensuravelmente esclarecedor e infinitamente irritante pelos fatos relatados.
Diante de tudo que li sinto a obrigação de transferi-lo para este blog e torná-lo ainda mais acessível.
O texto foi redigido por Lúcia Hippólito, jornalista. Não solicitei a sua autorização para tal, mas com certeza, pelo teor do exposto ela não irá se importar.
Parabéns a ela! A humanidade deve ser lapidada por gente de expressão e opinião, assim como a autora do texto.

---@

“Nascimento” do PT:

  O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.

  Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.

“ Crescimento” do PT:

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.

O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música".

Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.

Tudo muito chique, conforme o figurino.

“Maioridade” do PT:

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.

Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.

A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.

Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.

Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.

E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.

Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Quem ficou no PT?

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.

Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.

Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.

Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.

É o triunfo da pelegada.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

UM BRASIL MAQUIADO DE PAÍS EM DESEMVOLVIMENTO


Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas

quarta-feira, 26 de junho de 2013

QUEM DEFENDE CIDADANIA FAZ ATO POLÍTICO, SEMPRE!

Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas



Muitos especulam que os jovens manifestantes (dentre várias faixas etárias) são totalmente apolíticos, no sentido de que não se interessam por política. Discordo! Existe um verdadeiro abismo entre ser apolítico e ser contra a política exercida e seus executores. O manifesto possui endereço certo: uma grande fração de políticos que ocupa pomposa, tranqüila e incompetentemente as cadeiras do Congresso Nacional. É de causar náuseas as afirmações de surpresa e não entendimento de tanto “barulho”. Certo jornalista de renome nacional chegou ao disparate de declarar que os jovens que se encontram entre as multidões insatisfeitas não possuem causa definida para os clamores. E não possuem mesmo! Não se trata de uma causa ou de causas repletas de ideais. Trata-se de reivindicar por uma gama de direitos mínimos que o governo tem o dever de proporcionar da melhor forma possível, afinal, além da obrigatoriedade, o que não falta é dinheiro oriundo da imensa carga tributária. A governança pode até alegar falta de verba, mas este discurso também não cola mais, haja vista tantas evidências de péssima gestão dos recursos públicos. A obrigação de suprir demandas básicas sociais faz parte do exercício natural da política por aqueles que em primeira instância não foram eleitos pela sociedade, mas sim, desejaram e se empenharam para serem eleitos. Se as populações escolheram por obrigação um candidato, por outro lado os candidatos não se candidataram obrigados. Portanto, caros eleitos, façam o respectivo trabalho com dignidade, moral, ética e profissionalismo. Afinal, foi para isto que se colocaram a disposição do serviço público ou não foi? Tratar de política é cuidar das decisões sobre problemas de interesse da coletividade, e justamente por isso, política é a ciência do governo. Para ser político é mister ter sensibilidade técnica e profissional para conhecer a sociedade e as suas necessidades, a fim de encontrar um modo de conseguir a concordância de muitos e promover o bem comum. Um representante eleito pela sociedade precisa conjugar as ações humanas e técnicas, e orientá-las para uma direção que seja de conveniência de todos. Diante disto é inconcebível ou incompreensível como determinados personagens, hoje, estão de “posse” da titulação de deputados sem o mínimo do mínimo de preparo. O trabalho de harmonização das ações pode e deve ser realizado com plena liberdade, sem que alguém imponha alguma coisa. Por muitos motivos é preferível que o bom senso e a boa vontade de cada um criem condições para que uns colaborem com os outros e haja respeito recíproco, sem necessidade de uso da força. De qualquer modo, mesmo que as ações humanas sejam harmonizadas pacificamente e sem a necessidade de coerção, é preciso que tais ações sejam coordenadas e orientadas para um objetivo de interesse de todos. É preciso considerar que política tanto pode referir-se à vida de seres humanos integrados e organizados numa sociedade, onde são tomadas decisões sobre os assuntos de interesse comum, como pode referir-se ao estudo dessa organização e dessas decisões. Os “teóricos representantes da nação”, enfim, deveriam procurar atender as necessidades naturais de convivência dos seres humanos bem como todo o funcionamento e os objetivos de uma sociedade. O fato de existir a necessidade de viver em sociedade tem conseqüências muito sérias. Uma delas é que os problemas da cada pessoa devem ser resolvidos sem esquecer os interesses dos demais. Assim, não se pode admitir como regra que para sanar interesses particularistas de partidos, coligações ou representantes políticos, a sociedade deva sofrer prejuízos ou arcar com sacrifícios. Todo o indivíduo tem direito à proteção de sua liberdade, de sua integridade física e de outros bens que são necessários para que um cidadão não seja rebaixado de natureza humana. Portanto, igualmente incompreensível é assistir deputados vinculados a comissão de direitos humanos, concordarem que o homossexualismo é doença. À vista disto tudo, verifica-se que quando são afetados os interesses fundamentais de um indivíduo ou de um grupo social todo o conjunto da sociedade sofre conseqüências de alguma espécie. Por esse motivo pode-se afirmar que os problemas resultantes de tais situações são problemas políticos, pois afetam a convivência das pessoas e influem sobre a organização, o funcionamento e os objetivos da sociedade. É muito importante levar em conta essas conclusões, por vários motivos. Todavia, o principal erro que se encontra enraizado na atual política brasileira é tratar dos interesses partidários como se a ausência da prestação de contas à sociedade não trouxesse conseqüências para toda a coletividade. Enfim, é preciso ter consciência de que os problemas políticos são, inevitavelmente, problemas de todos os membros da sociedade. Por esse motivo, será errado obrigar um indivíduo a procurar sozinho a solução para seus problemas, quando estes afetam a convivência. E será igualmente errado permitir que qualquer partido ou político proceda como se vivesse sozinho, ignorando os interesses comuns.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A FAUNA ESTÁ FICANDO SEM OPÇÕES

Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas

Dia 14 de maio, 20h30, terça-feira: ao transitar pela RSC 153, por imediações do trevo de acesso a Santa Maria, direção sul-norte, uma bela visão não fosse o aspecto triste do evento: visualizo um Gato do Mato Pintado atravessando a rodovia, correndo em direção a zona urbana. Dia 10 de junho, 07h45, segunda-feira: transitando, mais uma vez pela RSC 153, por imediações da estação de abastecimento de energia elétrica, uma visão entristecedora: um Tatu-bola atropelado durante a tentativa de atravessar a rodovia em direção a zona urbana. Dia 11 de junho, 18h35, terça-feira: ao cruzar o semáforo do entroncamento perto da Corporação de Bombeiros do Distrito Industrial, uma cena impressionante: um Graxaim (muitos confundem com raposa) correndo em direção, outra vez, a zona urbana. Não fosse um hábito eu dirigir sempre em velocidade compatível com a segurança e tempo de reação o teria atropelado. Três momentos inéditos, surpreendentes e assustadores. Inéditos porque tais espécies são encontradas somente no seu habitat natural, longe da zona urbana. Surpreendente porque não se espera tal acontecimento. Assustador porque pairam algumas questões que não querem calar: o que estas espécies estão fazendo tão perto da cidade? O que está acontecendo no seu habitat natural? O que o ser humano está fazendo com a nossa natureza? As respostas, todos sabem! Mas é simplesmente triste e desalentador relatar três casos, em espaço de tempo tão diminuto, provenientes do abuso à natureza. A humanidade já catalogou, aproximadamente, 1,5 bilhões de organismos, mas não é tudo: calcula-se que o número total de espécies, na Terra, chegue a 10 bilhões ou até a 100 bilhões. Contudo, a cada ano, milhares de espécies são exterminadas em proporções que podem alcançar 30% do total dentro de três décadas, caso o ritmo atual de queimadas e desmatamentos continue como está. Isso é catastrófico, afinal as espécies são o resultado de milhões de anos de evolução no planeta, e com essa perda a biosfera vai ficando mais empobrecida em diversidade biológica, o que é perigoso para o sistema de vida como um todo. O fato de um recurso ser renovável ou reciclável não significa que ele possa ser depredado ou inutilizado deliberadamente. O mau uso ou descuido com a conservação provoca extinção. Como exemplo: a degradação ou destruição irreversível de solos e o consequente desaparecimento de uma vegetação rica e complexa e sua fauna. Mesmo o ar e a água, que são extremamente abundantes, existem em quantidades limitadas no planeta. A capacidade destes recursos de suportar ou absorver poluição sem afetar a existência da vida, evidentemente é finita. Dessa forma, mesmo os recursos ditos renováveis só podem ser utilizados em longo prazo por meio de métodos racionais, com uma preocupação estritamente conservacionista, ou seja, que evite os desperdícios e os abusos. O conservacionismo é necessário, todavia insuficiente. A industrialização e a dita vida moderna transformam e transfiguram drasticamente o meio ambiente. Tudo, absolutamente tudo, é constantemente modificado, destruído e extinto em nome do “progresso”. As memórias do passado, o ecossistema e a diversidade criada pela natureza são destruídas a cada dia. Definitivamente, para que as futuras gerações tenham uma idéia da riqueza do que foi produzido no planeta, ou na pior das hipóteses, para que ela mesma sobreviva, faz-se necessário uma mudança radical de conceitos e atitudes, em detrimento da ambição do lucro e da irracionalidade

O DESPERTAR DE UMA NAÇÃO

Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas


Vamos iniciar este texto lembrando um cartaz veiculado em rede televisa após as manifestações contra o aumento das passagens de ônibus (dentre outros motivos): “[...] o despertar de um gigante adormecido [...]” (*apenas parte da expressão transcrita). O Brasil não estava adormecido, o seu povo é que se manteve durante tempo demasiado, resiliente e crédulo de que o dia da recomposição do atual estado de degradação nacional chegaria. As manifestações impressionantes de indignação e repúdio ao rumo que o país tomou por intermédio de algumas “mãos políticas” refletem uma sociedade que não tolera mais a total falta de habilidade de grande parte dos governantes desta nação. A cada ano que passa sempre surge um novo partido, uma nova esperança, todavia, mais cedo ou mais tarde, acontece o que vem acontecendo faz tempo: alianças partidárias. Daí, não há competência, boas intenções ou ideologia que resista. Esta palavra, aliança partidária, atualmente, lembra mensalão, emendas sem necessidade, ministérios de utilidade duvidosa e diluição do dinheiro do contribuinte no saldo de dívidas pretéritas das agremiações aliadas. A grande prova de que o governo atual não possui capital intelectual suficiente para sanar o turbilhão de questões que a sociedade brasileira impõe, ancora no fato da governante máxima deste Brasil insatisfeito, ter recorrido ao maior marqueteiro político em atividade no país, poucos dias transcorridos desde o primeiro ato da população. Coincidentemente, um discurso complacente e condescendente foi proferido logo após as manifestações. A pergunta é: o que este personagem poderá contribuir diante de tantas reivindicações de ordem estritamente política/econômica? Nada! Não bastasse este cenário palpitante, surgem das profundezas da inexpressão, partidos políticos jogando mais lenha à fogueira, pronunciando aquele velho discurso oportunista e enfadonho que dita: este governo é péssimo, nós somos e temos a solução (mais uma vez). Sem considerar a pequena fração de cidadãos que aproveitaram a situação para saquear, queimar e depredar ou agir com violência, a grande fração merece toda a consideração e benevolência por parte do brasileiro consciente e cansado de pagar o “pato”. Sentido da palavra pato: taxas; impostos diretos; impostos indiretos; pouco investimento em educação; pouco investimento na saúde; pouco investimento no transporte público; pouco investimento nas vias de transporte e rodagem; e mais taxas e impostos. Essa grande massa de brasileiros tremula a bandeira do sem partido, do sem preconceito e da equidade. Não há como desprezar isto. Um movimento grandioso que representa o verdadeiro Brasil, um país multiculturalista, sem fronteiras raciais, sem preconceitos sexuais, sem fronteiras religiosas e sem barreiras socioeconômicas. A legião de insatisfeitos é infinitamente maior do que a insurgente da noite para o dia. Ela também é composta por gente que não pode, é impedida ou não consegue por alguma razão, enfileirar-se aos descontentes e cansados de aguardar por um novo Brasil. A política do Pão e Circo adotada neste país não possui mais sustentação, mesmo porque nem pão o governo distribui mais por falta de verba, ao contrário do circo, que aparentemente e para o qual, grana e atores não faltam. Caso a população retorne ao estado de dormência, que seja entremeado de lindos sonhos, ao contrário do pesadelo que vivenciou, vivencia e que deseja, desesperadamente, por um fim.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A VERTIGINOSA DECADÊNCIA DO FUNK

Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas


Navegando pelas postagens do YouTube em busca de conteúdos para pesquisas relacionadas a educação me deparei com um festival de horrores: clipes do ritmo Funk. Não consigo classificar a ordem do pior para o “menos pior” porque praticamente todos são horrendos. Mas lembro de um em especial. O de um garoto de aproximadamente 16 anos, encoberto por grossos cordões de ouro, reverenciando carros esportivos importados e iates, e como não poderia deixar de ser, rodeado de mulheres. Diga-se de passagem: submissas aos maus tratos verbais. A letra é digna de ser queimada em praça pública. Há quem diga e defenda que o Funk é digno de ser patrimônio cultural. Eis a maior piada (de mau gosto) do século. Pelo menos este que estão ouvindo por aí não! Originalmente, com um ritmo mais suave, o estilo musical nasceu como forma de contestação e tinha fortes raízes na idéia da resistência à marginalização da sociedade capitalista e racista, e ao processo de exclusão do mercado de trabalho que impossibilitava os jovens de ter completo acesso aos seus direitos. A expressão cultural tratava de movimentos de protesto. Em seguida, em meados dos anos 60, James Brown, principalmente, inovou. O ritmo ganhou uma batida mais pronunciada, pesada e também dançante. Façamos justiça: ainda existe muito artista bom, deste gênero musical, por aí. Mas, atualmente, o que predomina é esta “coisa” que se escuta por todos os cantos. Por outro lado, o incômodo que o Funk causa na sociedade tem absolutamente nada a ver com elitismos ou moralismos. O desgaste do Funk, por mais que a blindagem de simpatizantes performáticos tente evitar, se deve às próprias características deste gênero que é emanado dos carros que circulam (ou se arrastam) nas ruas da cidade. Nitidamente, o Funk tem limitações artísticas e musicais. Seus sucessos são repetitivos e seus intérpretes se diferem apenas como fetiches, mas artisticamente soam todos iguais. A demagógica tese de que o Funk é um ritmo social riquíssimo não se cumpre na prática e existe até uma piada: de rico o Funk só tem a fortuna de seus DJs e empresários. A mediocridade do próprio ritmo também é gritante. Péssimos vocalistas, sonoridade repetitiva e precária, tudo isso faz com que o ritmo não vá muito adiante à sua linguagem. Se o ritmo já se mostrava deplorável artística e culturalmente, ele tenta em vão sobreviver como cultura superior, ostentando uma reputação vanguardista bastante falsa, porque o Funk está associado a processos e valores de degradação social. Assim, o Funk  jamais conseguirá acompanhar as transformações sociais porque o ritmo aposta no mais explícito machismo que trata a mulher como um objeto sexual. A pedofilia, a criminalidade, a violência e as drogas também se tornaram valores associados ao Funk. Os próprios “funqueiros” abandonaram qualquer lição do Funk original, na sua insistente recusa ao uso de instrumentos musicais e outros recursos artísticos. Vendo as transformações dos valores sociais avançarem, o Funk mostra-se datado, ultrapassado e fechado em todos os sentidos. O Funk tenta aprisionar todos ao ritmo, transformando a população em refém. O Funk se desgasta profundamente na mesmice sonora do ritmo, por suas próprias limitações, pela sua mais evidente mediocridade e pelas baixarias em que se envolve. A choradeira ainda vai continuar, com seus defensores tentando dizer que o Funk não está decadente ou dizer que o Funk é mais uma vez vítima de preconceitos. Só que esse discurso também está sendo repetitivo e pouco convincente. Enfim, todo brasileiro que curte boa música merecia algo melhor, inclusive, os verdadeiros e autênticos artistas do Funk

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

BRASIL, TERRA QUE TUDO PRODUZ, NAÇÃO QUE NÃO RELUZ!

Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas










         
           As comunidades rurais vivem da terra. E terra, no Brasil, é o que não falta: 850 milhões de hectares configuram e delimitam as fronteiras do país. São, aproximadamente, oito milhões e meio de quilômetros quadrados. Se dividi-los entre todos os brasileiros, quase 194 milhões de habitantes, resultaria aproximadamente 4,38 hectares para cada um. No entanto, atualmente 80% da população brasileira vive na zona urbana. Este percentual de cidadãos não precisa da terra para trabalhar e gerar o seu sustento. Portanto, matematicamente sobram mais 17,53 hectares por brasileiro que vive no meio rural. De acordo com a metodologia tradicionalmente adotada nos censos demográficos, a noção de família está condicionada aos arranjos societários organizados no interior dos domicílios particulares. Em média, as famílias brasileiras rurais possuem 3,5 componentes. Teremos, então, 76 hectares por família. Desta forma, este grupo familiar poderia tranquilamente viver e produzir para vender neste espaço de terra.

            Todavia, apesar da vasta extensão territorial e da grande disponibilidade de terra, 14 milhões de cidadãos brasileiros passam fome! Então, eis a questão: se existe terra além de suficiente, por que tantos brasileiros ainda passam fome? Simples, porque as propriedades estão concentradas nas mãos de pouquíssimos donos. Porque o governo incentiva mais a agricultura de exportação do que a produção de alimentos para consumo da população. Porque grande parte dos trabalhadores rurais são bóias-frias, sujeitando-se a trabalhar como diaristas, nas épocas de plantio e de colheita, sem nenhuma garantia social, recebendo o que o dono da terra, a bel prazer, quer pagar. Porque muitos trabalham como meeiros e são enganados nas contas referentes à venda da produção.

            Isso sem contar aqueles que não possuem terra alguma. O Relatório sobre os Crimes do Latifúndio, elaborado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, Centro de Direitos Humanos Evandro Lins e Silva e Instituto Carioca de Criminologia, informou que menos de 50 mil proprietários rurais possuem áreas superiores a mil hectares, controlando 50% das terras cadastradas. Cerca de 1% dos proprietários rurais detêm em torno de 46% de todas as terras.  Dos aproximadamente 400 milhões de hectares titulados como propriedade privada, apenas 60 milhões de hectares são utilizados como lavoura. O restante das terras estão ociosas ou subutilizadas. Segundo dados do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), há cerca de 100 milhões de hectares de terras ociosas e cerca de 4,8 milhões de famílias sem-terra no Brasil.

            Atualmente, as condições de vida no campo não são tão diferentes das condições de vida da cidade quanto eram no passado. Os meios de comunicação levam ao campo valores e costumes que antes eram da vida urbana. No entanto, o próprio trabalho na terra e a forma pela qual o trabalhador está ligado a ela – proprietário, posseiro, arrendatário, meeiro, bóia-fria, todos – estabelece diferenças em suas condições de vida. O bóia-fria e o assalariado rural parecem ser os que enfrentam condições mais precárias. Alimentação deficiente, casas de pau-a-pique, sem condições mínimas de higiene e saúde, falta de qualquer assistência médica e social, são comuns na vida desses trabalhadores.

            Além das condições materiais difíceis, as dificuldades também se manifestam em relação aos aspectos sociais da vida rural, principalmente se levarmos em consideração as comunidades mais afastadas. Estas comunidades, geralmente, enfrentam condições de isolamento parcial ou total do resto do país, dificuldades de transporte, de comunicação entre outras. Por outro lado, as relações em grande parte das comunidades rurais, pelo fato de serem estabelecidas sempre entre as mesmas pessoas que se conhecem e convivem, são relações pessoais e informais. Enfim, o governo federal infla os peitos e alega uma melhora considerável na qualidade de vida de todos os brasileiros. Será? Ou não sei fazer cálculo matemático ou tenho observado o cenário de outro país subdesenvolvido. Mas uma coisa é certa: alguém está, fundamentalmente, tentando enganar alguém ou querendo se enganar. Afinal, os números não fecham e a realidade parece ser bem outra. 

Brasil!!!!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A LIBERDADE EXISTE?



Heitor Jorge Lau
Empresário e Mestrando em Educação
Pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos
Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas


  O filósofo alemão Kant brincou com a idéia da liberdade do pássaro, imaginando uma pomba ágil, indignada contra a resistência do ar que a impedia de voar mais depressa. Na verdade, é justamente essa resistência que lhe serve de suporte, pois seria impossível voar no vácuo. Se o vôo livre do pássaro é uma ilusão, da mesma forma podemos dizer que incorremos em engano semelhante ao nos considerarmos capazes de liberdade absoluta. Analisemos: a partir do princípio do determinismo, tudo que existe no mundo está sujeito à lei da casualidade. A ciência só é possível porque o conhecimento da relação necessária entre causa e efeito - isto é, o conhecimento dos determinismos naturais - leva à descoberta das leis da natureza e permite que sejam feitas previsões e desenvolvidas técnicas.

  Não há como negar que também o ser humano se acha preso a determinismos: tem um corpo sujeito às leis da física e da química, é um ser vivo que pode ser compreendido pela biologia. Por isso, já no século XVIII, os matemáticos franceses D' Holbach e La Mettrie reduziam os atos humanos a elos de uma cadeia causal universal. Já, no século XIX, o filósofo francês Taine, discípulo direto de Augusto Comte, afrimava que não somos livres, mas determinados pelo momento, pelo meio e pela raça. Essa concepção influenciou os intelectuais daquele século, inclusive a literatura naturalista. No Brasil, quem ler O Cortiço e/ou Mulato, de Aluísio Azevedo, identificará as forças incontroláveis do meio e da raça agindo de forma inexorável no comportamento das pessoas.

  Herdeiros dessa visão determinista, Watson e Skinner, psicólogos contemporâneos da corrente comportamentalista, admitem que o ser humano tem a ilusão de ser livre, mas na verdade apenas desconhece as causas que atuam sobre ele. A ciência do comportamento conheceria de tal forma as motivações, que seria possível prever e portanto planejar o comportamento humano. Concluindo, além dos determinismos psicológicos, podemos acrescentar os culturais: ao nascer, encontramos um mundo já constituído e recebemos como herança a moral, a religião, a organização social e política, a língua, enfim, os costumes que de certa forma moldam nossa maneira de sentir e pensar. Então, a liberdade existe?

HÁBITOS – UM MECANISMO NEURAL E PSICOLÓGICO COMPLEXO E DIFÍCIL DE MUDAR

HÁBITO – UM MECANISMO NEURAL COMPLEXO DE MUDAR by Heitor Jorge Lau             É uma verdade quase inquestionável que, em algum moment...